A origem da desigualdade social na humanidade está directamente
ligada à relação de poder, estabelecida desde o princípio dos tempos,
popularmente conhecida como a 'lei do mais forte'.
O homem
primitivo sempre teve seu lugar de destaque, constituído através da força e da
inteligência, onde, por meio de combates e meios de acção mais elaborados,
através de um uso mais bem direccionado das aptidões recentemente descobertas,
estabelecia domínio e liderança sobre os demais, gerando, assim, as primeiras
relações de desigualdade social conhecidas no mundo. Uns detinham as melhores
partes da caça, as melhores companheiras sexuais, as melhores habitações, enquanto
outros eram fadados a morrer de fome ou nos próprios enfrentamentos, com os
seus semelhantes mais fortes e inteligentes.
Os aspectos
mais relevantes e simples para se estabelecer a diferenciação e logo, a
desigualdade entre homens, são os físicos e sociais. Ao longo dos séculos, com
a evolução da humanidade, essas relações de desigualdades sociais também
apresentaram um aumento em reflexo de como se davam essas mudanças.
Com o advento
das relmapamundiações comerciais, os tipos de desigualdades sociais foram se
tornando mais e mais complexos e crescentes, principalmente com a consolidação
do capitalismo, com a colaboração e a expansão da industrialização. A antiga
sociedade medieval estava, então, sendo transformada, inclusive nos tipos de
desigualdades que antes se davam só na relação de poderio entre senhores e
vassalos, monarquia e plebe. Com a revolução industrial e a crescente relação
comercial estabelecida em todo o mundo, passa a se ter isso em todo o contexto
social, e em esferas mais específicas das camadas sociais, como patrão e empregado,
por exemplo.
O
capitalismo, como uma das suas principais características, tem o acúmulo do
capital para girar a “roda da economia”. Então, quem detém o capital é quem tem
as melhores condições de moradia, acesso aos recursos, educação, etc. Enquanto
isso, quem está do outro lado como “engrenagem do sistema”, os trabalhadores
que não detêm a renda nem o capital, estão na extremidade inferior da
relação. Logo, percebe-se um contexto de
desigualdade social, gerada primordialmente pela diferenciação económica entre
pessoas e pessoas, classes e classes, sociedades e sociedades, etc.
A seguir, temos
os conceitos de dois pensadores (Karl Marx e Jean-Jacques Rousseau), que
contribuíram fundamentalmente para que pudéssemos compreender e classificar,
procurando, com o decorrer do tempo, soluções para o problema da desigualdade
social.